Archive for June 2011

BARBATERAPIA: chega de foliculite!

June 29, 2011

O homem moderno precisa de qualidade quando se trata dos cuidados com sua pele. Pensando nisso, a UNIVALI traz para o universo masculino um tratamento com tecnologia de ponta, a Barbaterapia.

O Barbaterapia é uma técnica que tem como objetivo o controle e tratamento da foliculite (pêlos encravados) que se forma com o atrito da lâmina de barbear. Nesse tratamento o resultado está relacionado também aos procedimentos e cuidados existentes no segmento de cosmetologia com relação ao ato de barbear e suas consequências, dando a devida importância à biossegurança, considerando o bem estar da pele e maior conforto para o homem.

 Após o tratamento pode-se identificar um corte de barba mais eficaz, trazendo menos danos à pele.  Os resultados após o tratamento têm sido favoráveis, não havendo pseudo-foliculite e melhorando significativamente o aspecto da pele.

Venha conhecer este procedimento no Laboratório de Cosmetologia e Estética da UNIVALI – Unidade Ilha – SC 401. Maiores informações pelo telefone: 48-32345555

A vez deles

June 25, 2011

Já se foi o tempo em que os homens não tinham vez quando o assunto era estética. De maneira geral, a composição dos cosméticos para o público masculino difere do feminino na variação de componentes e na sua concentração — eles atuam com mais intensidade na pele do homem ou na área a ser tratada, dependendo do caso.

Para os dermatologistas, homens que buscam tratamentos estéticos geralmente procuram melhorar a aparência do rosto. “Eles dão maior atenção à área dos olhos e da testa, para a minimização de rugas e o rejuvenescimento facial”, explica o dermatologista Alessandro Guedes (entrevista concedida ao jornal Correio Brasiliense em 13 de junho 2011).

Outra região que preocupa o público masculino é a da barba. Eles querem reduzir a quantidade de pêlos na face para diminuir a frequência no barbear e evitar os pêlos encravados, afecção conhecida como foliculite. O dermatologista Alessandro Guedes ensina que o primeiro passo na escolha dos produtos de barbear é evitar os que contenham substâncias que previamente já desencadearam alergia no paciente. Um aspecto também a observar é a emoliência. “Quanto maior a capacidade de hidratar e amolecer o pelo, mais fácil e cômodo será o ato de barbear.” Alessandro Guedes sugere ainda que o barbear inicie alguns minutos após a aplicação do produto para que haja tempo de ele agir.

Além disso, homens com pele sensível devem evitar cosméticos que contenham álcool e parabenos, pois podem levar a irritações e, eventualmente, a alergias. Mais um fator importante diz respeito ao modo de fazer a barba. “Lâminas novas são essenciais, pois cortam o pelo com facilidade sem danificar a pele. Cortar o pelo no sentido contrário ao seu crescimento favorece o encravamento e o surgimento de foliculites”, ensina o experiente barbeiro Maximiliano Vargas.

Outra preocupação masculina é o cabelo. Para a escolha de xampus e condicionadores, como explica Alessandro Guedes, há muitos fatores importantes que vão além da questão de gênero. “Deve-se levar em conta, por exemplo, se os cabelos são finos ou grossos, lisos ou crespos, secos ou oleosos. Características do couro cabeludo também importam na escolha.”

Utilizando cosméticos de vários laboratórios, segue o arsenal completo para o homem moderno: 

PARA O ROSTO

Gel de Limpeza Facial – O Boticário Men®

Elimina as impurezas, remove o excesso de oleosidade sem ressecar a pele, deixando-a limpa e macia. Proporciona sensação refrescante prévia ao barbear (R$ 17,90).

Esfoliante Facial – Adcos For Men®

Limpa profundamente a pele, promove a renovação celular sem agredir o tecido e ajuda a prevenir o aparecimento de pelos encravados (R$ 61). 

Esfoliante Facial – Gillette®

Sabonete líquido que ajuda a desencravar os pelos e a retirar impurezas da pele, deixando-a hidratada para o barbear. Sua fórmula contém 2% de glicerina (R$ 20,50). 

Sabonete Cremoso Gengibre – Mohogany®

Tem extratos de álamo e carvalho e óleos de menta e gengibre, que auxiliam na regeneração dos tecidos danificados, resultando em uma pele limpa, tonificada e suave (R$ 32).

PARA BARBEAR

Gel Espumante para Barbear – Natura Homem®

Sua fórmula transforma-se em espuma espessa, facilitando o deslizamento da lâmina para um barbear mais confortável. Com menta e sálvia, promove sensação refrescante (R$ 34,20).

Espuma Gillette Series®

A versão Pele Sensível apresenta fórmula rica em emolientes e agentes condicionantes da pele; a versão Pureza & Suavidade tem óleos de lavanda e eucalipto; e a Refrescante traz eucalipto e óleo de mentol (R$ 18).

Balsamo Pós-Barba Gillette®

Protege e conforta a pele sensível. Sua fórmula sem álcool trata e perfuma a pele proporcionando hidratação após o barbear (R$ 14).

Natura® Sr. N Balm Após Barba

Proporciona secagem imediata, mantendo a pele saudável e auxiliando na hidratação, sem deixá-la oleosa (R$ 29,90).

PARA OS CABELOS 

Tônico capilar antiqueda – O Boticário Men®

Atua diretamente no couro cabeludo, auxiliando na prevenção da queda e favorecendo o crescimento de novos fios. Não oleoso, contém ingredientes que, associados ao uso diário, deixam os cabelos com mais força e vitalidade (R$ 26,90).

Xampu para cabelos grisalhos a brancos – O Boticário Men®

Neutraliza a cor amarelada dos cabelos brancos. O produto é enriquecido com ingredientes naturais (extrato de açaí e menta) e pró-vitamina B5. Promove maciez e brilho e realça a cor natural dos fios (R$ 20,90).

Xampu cremoso energizante capilar – Tricofort®

Contém glicogênio, vitamina B5 e uma base cremosa, que conferem condicionamento e brilho aos cabelos (R$ 5).

Xampu anticaspa energizante capilar – Tricofort®

Com glicogênio, vitamina B5 e ésteres de ácidos de frutas, reduz e auxilia na normalização da escamação do couro cabeludo (R$ 6).

PRODUTOS MULTIFUNCIONAIS

 Hidratante Protetor Multiação 5 em 1 – O Boticário Men®

Reúne em um só produto cinco ações para o cuidado com a pele do rosto: proteção UVA/UVB (FPS 20), ação anti-idade, hidratação prolongada, antibrilho e pós-barba (R$ 59,90).

Natura Homem Fluido Facial 3 em 1®

O produto alia o cuidado pós-barba (candeia), o controle da oleosidade e a ação antissinais (Elastinol +R). É livre de óleo e tem secagem rápida (R$ 44,80).

Sabonete Trium Mahogany Men®

Produto 3 em 1, permite fazer a barba com o mínimo de agressões, podendo ser usado também como sabonete líquido e xampu (R$ 30).

BDERM + Emulsão Facial – Adcos For Men®

Dermodescontráctil (ação botox-like), regenerador e renovador celular. Suaviza e previne o aparecimento de rugas e linhas de expressão. Hidrata, acalma e auxilia na cicatrização cutânea (R$ 133).

Na próxima edição…

Os recursos terapêuticos na profilaxia e tratamento da foliculite da barba…

Prof. Msc. Felipe Lacerda, Ft. flacerda@univali.br

Fisioterapeuta atuante em Medicina Estética e Fisioterapia Dermato-Funcional. Professor adjunto do curso de Cosmetologia e Estética da UNIVALI. Membro do IPEMCE – Instituto Paulista de Ensino em Medicina e Cirurgia Estética

Colaboração:

Maximiliano Vargas barbeariavargas@gmail.com

Acadêmico do último período do curso de Cosmetologia e Estética da UNIVALI. Sócio-Proprietário da Barbearia Vargas – Saco Grande – Florianópolis – SC

Fotoprotetor no inverno?

June 22, 2011

A radiação solar UV (ultravioleta) é dividida em UVA (UVA1 em 340-400 nm e UVA2 em 320-340 nm), UVB (20-320 nm) e UVC (270-290 nm). As radiações UVA e UVB atingem a superfície da terra e UVB é filtrado pela camada de ozônio. Ambas penetram na pele, sendo que UVA pode penetrar mais profundamente, não é filtrada por vidros e estima-se que 50% da exposição ocorra mesmo na sombra.

Quando uma pessoa se expõe ao sol de forma aguda (de 2 a 4 horas ininterruptas), principalmente entre 10:00 e 16:00 horas, a radiação UVB irá causar eritema, seguido de edema, bronzeamento e espessamento da pele. A exposição crônica levará ao fotoenvelhecimento, à imunossupressão e à fotocarcinogênese. Já a exposição à radiação UVA (ocorre o dia inteiro, mas em menor intensidade do que a UVB) tende a causar menor eritema, com bronzeamento e também, cronicamente, fotoenvelhecimento, imunosupreessão e carcinogênese. Em função destes efeitos nocivos da radiação ultravioleta, preconiza-se o emprego de formulações contendo filtros solares, o uso de roupas apropriadas, de óculos e cuidados especiais com relação ao horário de exposição.

A proteção à radiação UVB corresponde, num FPS (Fator de Proteção Solar) 15, a aproximadamente 94% de bloqueio e num de FPS 30, a 97%. A radiação UVA2 é grandemente responsável pela pigmentação persistente da pele, sendo esta propriedade (Dose Mínima Pigmentatória) utilizada em ensaios in vivo e in vitro para determinar se a formulação possui ou não filtro UVA fotoestável. Nas formulações de protetores solares sempre são listados vários tipos de filtros, orgânicos e inorgânicos. Isso decorre do fato de que nenhum filtro solar usado isoladamente é capaz de proporcionar proteção em toda a faixa UVB-UVA. A associação de filtros é também um recurso importante para aumentar o FPS. Por este caminho pode-se ter, como por exemplo, a presença na mesma formulação, de filtros orgânicos como a avobenzona (UVA), salicilato de homomentila (UVB) e octocrileno (filtro UVA curto, UVB e fotoestabilizador) e de filtros inorgânicos como o óxido de zinco e o dióxido de titânio.

De uma forma geral, é preconizado o uso diário de formulação que contenha filtros com proteção UVA-UVB total, com FPS 30, principalmente para prevenção do câncer. Deve ser aplicada uma quantidade de 2 mg;cm2, uniformemente, 15 ou 30 minutos antes da exposição, devendo ser reaplicada frequentemente em caso de transpiração adicional ou quando entrar na água. Mas a questão que aqui se coloca é a respeito da importância do uso de fotoprotetores mesmo no inverno.

A intensidade da radiação (especialmente UVB) depende da elevação solar (dependente da latitude, hora do dia e estação do ano), embora fatores como a camada de ozônio, poluentes em suspensão e até mesmo o tipo de terreno possam influenciar. Assim, o índice ultravioleta (IUV) que é uma medida da intensidade da radiação solar costuma ser menor no inverno. Mesmo no inverno, quando a incidência da radiação solar é menor, os efeitos podem ser bem danosos à pele, especialmente se a superfície for clara ou refletiva (como na praia e na piscina) ou em maiores altitudes (quanto menor a distância do equador, maior a intensidade da radiação). A cada 300 m de elevação, ocorre um aumento de 4% da intensidade.

O IUV varia entre 1 a 14, sendo considerados os valores de 0-2 como baixos, entre 3-5 moderados, de 6-7 altos, 8-10 muito altos e entre 11-14, como extremos. Quanto às precauções, a partir do índice 3 deve-se buscar proteção do sol ao meio-dia, usar boné e fotoprotetor. Com IUV entre 0-2 o tempo para uma pele apresentar queimadura seria de 60 min. Para os índices 7 a 9, o tempo varia entre 15-24 min, dependendo do tipo de pele.

Hoje, primeiro dia de inverno de 2011 observamos no mapa abaixo, que grande parte do território brasileiro está exposto a um nível de radiação acima de 3, ou seja, não pode-se abrir mão do uso de fotoprotetor e de todos os cuidados para evitar a exposição desnecessária

FONTE: Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC). Ministério da Ciência e Tecnologia – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

É importante salientar que mesmo com o uso de roupas adequadas, de chapéu ou boné, de óculos e da proteção adicional dos produtos fotoprotetores, não devemos prolongar o tempo gasto sob exposição solar. Protetores solares são idealizados para minimizar os danos inevitáveis causados pela radiação solar, mas é vital que esta proteção não deva ser encarada como um estímulo a maior permanência ao sol, e sim como um fator adicional de proteção.

Prof. Daisy Netz

daisynetz@univali.br

Referências:

HEATER, A.; BENSON, E. Sunscreens: efficacy, skin penetration, and toxicological aspects. In: WALTERS, H. A.; ROBERTS, M. S. Dermatologic, Cosmeceutic, and Cosmetic Development. Therapeutic and Novel Approaches, New York: Informa Healthcare, 2008. p.419-436.

RIBEIRO, C. Cosmetologia aplicada a dermoestética: Fotoproteção e Fotoprotetores. 2.a ed. São Paulo: Pharmabooks, p.101-162, 2010.

SAMBANDAN, D.R.; RATNER, D. Sunscreens: an overview and update. J. Am. Acad. Dermatol., v. 64, p. 748-58, 2011.

DRENAGEM LINFÁTICA PRA QUÊ?

June 17, 2011

A drenagem linfática manual é uma técnica de massagem específica, com finalidade principal de esvaziar os líquidos exsudados e os resíduos metabólicos por meio de manobras nas vias linfáticas e nos linfonodos. A diversidade na indicação da drenagem linfática manual tem sido explorada nos últimos anos. Entretanto, nem sempre a técnica é realizada com fidelidade científica.

Para aplicação da técnica de forma correta é necessário o conhecimento da anatomia e fisiologia do sistema linfático. Os mecanismos que contribuem positivamente para a formação do edema permaneceram um mistério durante muito tempo. De maneira geral, o edema é resultado do desequilíbrio verificado entre o aporte de líquido retirado dos capilares sangüíneos pela filtragem que se direcionam para o tecido alvo e a drenagem deste líquido do meio intersticial.

O edema vascular está relacionado ao desequilíbrio entre filtração e a absorção do líquido intersticial, principalmente por alteração na rede vascular sanguínea. Dessa forma a pressão intratecidual aumenta e a pele se distende, o tecido incha culminando com o edema. Clinicamente pode apresentar sinal de godet.

Por meio da drenagem linfática manual é possível deslocar o edema, facilitando dessa forma sua resolução. O líquido é direcionado para regiões onde a circulação linfática será capaz de reabsorver e evacuar o excesso do líquido intersticial.

Diversas técnicas de massagem linfática foram criadas para o alívio do edema, a ponto de o tratamento, com freqüência, ser separado da massagem convencional e ser praticado como uma terapia completamente individual.

O sistema linfático assemelha-se ao sistema sangüíneo, que está intimamente relacionado anatomicamente e funcionalmente ao sistema linfático. Porém existem diferenças entre os dois sistemas, como a ausência de um órgão central bombeador no sistema linfático, além deste ser microvasculotissular.

A sequencia do fluxo da linfa inicia na microcirculação e finaliza no sistema venoso: Vasos capilares sangüíneos (plasma sangüíneo) – Espaços intersticiais (líquido intersticial) – Capilares linfáticos (linfa) – Vasos linfáticos e linfonodos (linfa) – Ductos linfáticos (linfa) – Junção das veias jugulares e subclávias (plasma sangüíneo).

As diversas técnicas de drenagem linfática manual atualmente são aplicadas por profissionais especializados no qual podem usufruir de todos os benefícios que a técnica oferece.

Os benefícios da drenagem linfática manual não se destinada apenas ao excelente relaxamento em que a massagem proporciona, mas aos também na prevenção e tratamento do fibro edema gelóide (celulite), edemas em geral, problemas vasculares, tratamento de pós-operatório de cirurgias plásticas estéticas e gestação (com indicação médica).

Além de todos estes benefícios existem as contra-indicações como reações inflamatórias, processos infecciosos, hipertensão não controlada, processos viróticos, gestação de alto risco, insuficiência renal, trombose, varizes.

Agora que você está bem informado, procure um profissional habilitado/ competente e experimente esta maravilhosa sensação!!!

ABRAÇOS A TODOS!!

Prof. Vandressa Bueno de Paula

vandressa.paula@univali.br

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

CASSAR, M. Manual de massagem terapêutica. São Paulo: Manole, 2001.

GOMES, Rosalina Kelly; SANTOS, Marlene Gabriel. Cosmetologia: descomplicando os princípios ativos. São Paulo: Livraria Médica Paulista, 2005.

Guirro, R.; Guirro, E. Fisioterapia Dermato-Funcinal: Fundamentos, recursos, patologias. 3a ed. Barueri: Manole, 2004.

Leduc, A.; Leduc, O. Drenagem Linfática: Teoria e Prática. São Paulo: Manole, 2000.

TORTORA J. Gerald, GRABOWSKI R. Sandra.  Corpo Humano: Fundamentos de Anatomia e Fisiologia,6 ed. Porto Alegre, Editora Artmed 2006.

VOLGELFANG, D. Linfologia Básica. São Paulo: Ícone, 1995

ESMALTES: Tendências outono/inverno 2011

June 14, 2011

Item imprescindível na configuração da aparência feminina, o esmalte há muito tempo ganhou destaque e experimenta, a cada estação do ano, os efeitos da moda, isto é, as tendências de uso da atualidade, com criatividade e estilos livres que nos dias de hoje são ilimitados.

Para esse outono/inverno, mantém-se o consumo de uma cartela extremamente variada de cores e tons de esmaltes, fazendo com que sejam vistas com frequência unhas pintadas nos diversos tons, desde o nude até os mais escuros e coloridos. A inclinação para essa temporada é o traço metalizado dos esmaltes, evidenciando as cores verde militar, azul, cinza, marrons e os roxos que no momento estão sendo muito usados na Europa. Mesmo assim, os clássicos sempre são muito pedidos pelas brasileiras como a famosa francesinha com seu tom claro e o sensual vermelho nos diversos tons.

Esmaltar as unhas tornou-se algo tão importante, que no look feminino está como acessório essencial.

No aspecto divulgação, houve recentemente uma nova forma de se promover as tendências e o lançamento de coleção de esmaltes: o desfile de dedos. O Nails Fashion Week, primeiro desfile de esmaltes do mundo, acontecerá nos dias 8 e 9 de julho, em São Paulo.

Portanto aproveite para deixar suas unhas bem lindas nesta estação!

Prof. Silmara Hoepers

silmaramh@univali.br

BOTOX: mocinho ou vilão?

June 2, 2011

A toxina botulínica (TB), mais conhecida como BOTOX, parece uma velha conhecida dos profissionais e clientes da área da estética facial, porém ainda existe um grande desconhecimento do que ela é qual seu efeito e de onde ela vem.

A toxina botulínica é uma neurotoxina que por muitos séculos foi considerada apenas toxina letal, pois quando ingerida em alimentos contaminados levava a morte. Apenas no início do século XIX, um pesquisador alemão descreveu mais detalhadamente as características clínicas do botulismo, (condição clínica fatal, provocada por esta toxina).

No final do século XX (a partir de 1980) a percepção sobre a toxina botulínica mudou grandemente, pois foi identificado seu potencial terapêutico e, desde então, ela vem sendo utilizada com diferentes finalidades desde o tratamento de pessoas portadoras de desordens do movimento como a distonia, espasticidade muscular, desordens hipersecretivas como a hiperidrose, problemas oftalmológicos como o  estrabismo, no tratamento de dores como por exemplo a dor miofascial e principalmente seu uso estético na suavização de linhas de expressão e prevenção de rugas. Porém a aplicação terapêutica desta toxina, não pára por aí, alguns estudos atuais trazem evidências de que ela pode ser útil até mesmo no tratamento da depressão.

Sobre sua natureza, a toxina botulínica é um complexo protéico produzido pela bactéria gram-positiva anaeróbica Clostridium botulinum e existem oito tipos desta neurotoxina (A,B,C alpha ,e C beta, E,F,G,), sendo os tipos A e B os mais freqüentemente utilizados.

O nome BOTOX, popularizado no Brasil, é o nome comercial da TB fabricada pelo laboratório Allergan que foi pioneiro na distribuição desta toxina em nosso país. Atualmente além do BOTOX, temos disponível no mercado brasileiro outras marcas como o Dysport e o Siax.  Vale lembrar que a aplicação da toxina botulínica só pode ser realizada pelo médico, mas cabe também ao tecnólogo em cosmetologia e estética estar orientando suas clientes quanto aos benefícios e limitações da utilização da neurotoxina

Quando a toxina botulínica é injetada no músculo estriado esquelético, ela provoca denervação química, resultando em paresia/ paralisia que se instala entre de 2 e 5 dias e durará por 2 ou 3 meses, a partir daí, seu efeito vai gradualmente diminuindo até que cesse completamente.

Quanto aos efeitos adversos, Zangui, Mataroshy e Moura (2008), a partir de uma metanálise da literatura referente ao tema, citam vários efeitos adversos do uso da toxina botulínica na face, sendo os mais comuns a ptose palpebral (pálpebra “caída”) e o olho seco. Outros estudos recentes demonstram que o indivíduo que recebe a TB desenvolve anticorpos contra ela o que pode resultar em uma redução do efeito e do tempo de paresia/paralisia após várias aplicações sucessivas. A atrofia muscular resultante da paralisia muscular também é citada na literatura como efeito secundário ou indireto da utilização da toxina botulínica.

Num próximo post falarei sobre o uso da toxina botulínica no tratamento da depressão.

Até a próxima!

Referências Bibliográficas:

Zagui, Roberta Melissa Benetti; Matayoshi, Suzana ; Moura Frederico Castelo. Efeitos adversos associados à aplicação de toxina botulínica na face: revisão sistemática com meta-análise. Arq Bras Oftalmol. 71(6):894-901. 2008.

Dressler, Dirk; Saberi, Fereshte Adib; Barbos, Egberto Reis. BOTULINUM TOXIN: Mechanisms of action. Arq Neuropsiquiatr 63(1):180-185. 2005.

Prof. Marcelo Dias

Fisioterapeuta, Mestre em Neurociências e professor de anatomia e fisiologia do Curso de Cosmetologia e Estética da UNIVALI

marcelodias@univali.br